terça-feira, 30 de junho de 2009

ENCONTRO COM A LUZ...








Uma porta aberta para todos os caminhos que levam a ser quem somos…muitos já estão neste caminho denominado de expansão espiritual de conhecimento . Para muitos a transição é um desejo desesperado de escapar desta realidade de discórdia, de violência, de monotonia, de dor, de angústia e de medo. A verdade é que o desejo de escapar não traz a transformação. Enquanto a nossa vida estiver invadida de desonestidades e manipulações e todo o tipo de dependências as trevas continuarão instaladas, pois o espírito só desperta perante a consciência, a honestidade e a responsabilidade. É quando estamos nesse espaço, que isto ocorre naturalmente .Quando não for desta maneira, parem e tratem do que está ocorrendo, com o sentimento... para criar a transformação. Isto é quem vocês são … é no sentimento que acontece a transformação. Quando mudamos as percepções , também mudamos a realidade.
Certo dia, um chinês chamado Lailai tomou uma resolução: iria dedicar sua vida à meditação. Decidiu ingressar num mosteiro no alto de uma grande montanha, com objetivo de encontrar a iluminação espiritual.
Viajou muitos dias e, ao chegar em frente ao portão principal do mosteiro, encontrou aquele que seria o seu mestre. Lailai foi recebido com muito amor pelos monges que há muitos anos viviam por lá. E dizia a todos:
- Vim para buscar minha luz espiritual.
Passados alguns anos, o monge Lailai começou a ficar descontente com a sua situação, pois não conseguia encontrar o caminho da luz. Procurou o mestre e disse-lhe:
- Amado mestre, ensinaste muitas coisas belas e importantes nesta minha caminhada, mas ainda não consegui alcançar a iluminação em minha vida. Quero desistir da vida de monge e voltar para a minha aldeia.
E o mestre respondeu:
- Tudo bem, Lailai. Já que você está desistindo desta vida de meditação, quero lhe acompanhar na descida da montanha. Amanhã, às 4 horas da manhã, estarei esperando no portão principal do mosteiro.
No horário marcado, Lailai encontrou o seu mestre. Ao sair do mosteiro, este perguntou a Lailai:
- Querido filho, o que estás vendo neste momento?
Respondeu Lailai.
- Mestre, vejo o orvalho da madrugada, o cheiro das flores, o céu estrelado e uma lua maravilhosa.
Continuaram descendo a montanha. Passada uma hora de caminhada, o mestre pergunta:
- E nesta parte da montanha, o que está vendo?
Respondeu Lailai:
- Vejo os primeiros raios de sol, escuto o canto dos pássaros e sinto a doce brisa da manhã penetrando em todo o meu ser.
E assim continuavam a descer a grande montanha. Passadas algumas horas, o mestre voltou com a mesma pergunta, e Lailai assim respondeu:
- Mestre, neste trecho da montanha sinto o calor do sol, o som do riacho, o orvalho evaporando e os animais silvestres em harmonia com toda a natureza.
Seguiram a caminhada. Chegaram ao pé da montanha ao meio-dia. E mais uma vez, o mestre fez a mesma pergunta, e Lailai respondeu:
- Mestre, vejo como a montanha é bela, as árvores da floresta, o riacho doce que circunda o vale, o camponês cuidando da plantação de arroz. Vejo também uma criança feliz brincando com o seus amigos.
Então o mestre lhe falou:
- Agora você já poderá voltar para o mosteiro.
Espantado, Lailai perguntou qual seria a razão da volta ao mosteiro.
Respondeu o mestre:
- Porque você já encontrou a Luz.
- Como assim?
- Muito simples. Em cada etapa da descida da montanha você percebeu a importância de cada detalhe da natureza, compreendendo os seus sons, seus odores, suas imagens, suas cores e sua vida. Assim é que devemos ver e interpretar esta longa caminhada. A isto tudo, nós chamamos de iluminação espiritual.
A cada degrau da vida, veja a beleza que ela oferece. Encontrar em cada pequeno detalhe da vida, um significado divino. Além de reavivar a chama interior, expandiremos nossa luz para todos.
Fazer a luz explodir de si mesmo implica compreender quem somos e o que estamos fazendo aqui dentro desta coisa chamada de “nosso corpo”, neste lugar chamado “Terra”, e neste momento da nossa vida.
Temos o poder de fazer contacto com a inteligência organizativa e de criar uma vida de alegria. Podemos conhecer essa inteligência divina que faz parte de nós, e se o sistema é inteligente, e essa inteligência é invisível, e a nossa presença aqui é uma parte dessa inteligência, precisamos apenas de olhar para a parte de nós que é invisível. É preciso olhar para dentro, para quem somos e o porquê de estarmos aqui, em vez de olharmos para fora, para o mundo físico e as coisas nele contidas.
Conhecer o “Eu” espiritual ou o Mestre Interior, é a nossa busca sagrada, o nosso desafio vital.
O estado a que chamamos “iluminação” é uma experiência única para cada ser humano…
Como borboletas que seguem em direcção à Luz, que cada um de nós saiba abandonar os antigos casulos e voar em direcção ao brilho da vida...







domingo, 28 de junho de 2009

UMA VIDA DE ILUSÃO





Percorrer a senda da ilusão, é como entrar num local desconhecido em completa escuridão. Para sair deste local , não há outra saída a não ser por sucessivas tentativas de se encontrar uma luz. Assim sendo, muitas vezes o homem acredita que, percorrendo certo caminho encontrará a saída . Existem , porém , muitas portas e apenas uma delas é a verdadeira saída. Não há alternativas para o homem a não ser abrir todas as portas e descobrir o que há por detrás delas. Com tantos atractivos em cada porta o homem deslumbra-se , pensando nas surpresas que o aguarda . Por todos os caminhos que ele percorre , a certa altura começa a perceber que o que está vivendo não o conduzirá à verdadeira saída. Foi pura ilusão. Os falsos atractivos seduziram-no a abrir estas portas e nelas se perdeu . O homem abriu todas as portas , restou apenas uma sem atractivos . O homem não se conformava por restar-lhe apenas aquela saída ,aquela que nem tinha reparado antes. Pensou, ainda, abrir novamente todas as portas já abertas para desfrutar um pouco mais da ilusão e, então , percebeu que estava preso e escravizado às ilusões . Assim o fez, abriu todas as portas , menos uma, aquela que nunca quis abrir . Mas desta vez os prazeres ilusórios já não chegavam . Neste momento começou a chorar e a lamentar-se... até que um dia o homem reflectiu profundamente sobre a sua vida .Não sabia como veio parar neste mundo , nesta escuridão. Sempre viu escuridão e prazeres ilusórios. E, concluiu que toda a sua vida foi pura ilusão . Pela primeira vez o homem começou a olhar para o seu interior . Viu e sentiu que ali se constituía um poderoso alicerce ... e começou a reverter o processo que até ao momento tanto lhe havia prejudicado e roubado as forças vitais , tornando-o um homem doente , quase morto. O homem não queria mais a dor . No início da sua nova busca, o homem sentiu que havia encontrado o seu verdadeiro caminho. Fez a maior descoberta ... ele abriu a porta que tanto tinha desprezado. A única porta que não tinha sido aberta . Mas ao abri-la , para sua surpresa, ele encontrou aquilo que sempre procurou ....A PAZ ...O AMOR...o homem descobriu, finalmente, a RAZÃO DA SUA EXISTÊNCIA..

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O PAVÃO E A CORUJA




No mesmo espaço da floresta, o pavão e a coruja contemplavam os mistérios da natureza. Em dado momento, o pavão tomou conhecimento da coruja - que já havia percebido sua presença - e ambos puseram-se a conversar. O pavão, consciente de si e de seus magníficos dotes, exibia-se orgulhoso e polêmico, com frases de grande efeito. Transformava tudo em debate e se colocava como verdadeiro mestre de todos os temas. Com isso, muitos animais se aproximavam para se edificarem com suas palavras ou se identificarem com o seu desempenho. A coruja, por seu turno, prestava genuína atenção a cada coisa dita ou exibida. Com serenidade interior e sem inveja, distinguia o certo e o verdadeiro de cada coisa, sem desprezar e nem venerar seu interlocutor. Os esforços da coruja se centravam na busca da verdade e na construção do caminho que leva à plenitude. Seu longo hábito de meditação e de recolhimento lhe permitiam silenciar à maior parte do tempo, esperando que o fluxo sucessivo de argumentos superficiais do pavão trouxessem à luz suas próprias contradições. Não era necessário destruir seu oponente. A coruja não precisava vencer e nem brilhar. Um sábio, que por ali passava, reflectiu sobre o que presenciava. E constatou, também em silêncio, que o ser verdadeiramente seguro e consequente interage com todos os entes sem buscar a própria glória. Aprende a edificar seu interior e a orientar sua existência no despojamento da verdade. Ajuda sem impor. Convive sem iludir. E se torna livre daquela forma de reconhecimento superficial que escraviza ao aplauso alheio. Uma caravana de circo também passava pelo local. Seu gerente, que buscava novas atracções para seu espectáculo, ao ver a cena, tornou-se empolgado. Espantou a coruja e aprisionou o pavão. Este, actualmente, exibe-se em todos os lugares por onde o circo passa, recebendo aplausos em seu cativeiro. A coruja voa livre pela floresta.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

RENASCER




O que dentro de mim precisou de morrer para eu renascer...

Tudo aquilo que era foco de sofrimento e... portanto auto-destrutivo...
Necessitei invadir as camadas mais profundas ... e curar as feridas dolorosas ...
Foi o verdadeiro encontro com a auto-piedade... a agressividade... a arrogância...a raiva... a inveja... a ambição... a cobiça...etc...
Estas foram as atitudes desesperadas que criei para esconder a minha fragilidade... para me proteger...
Esse confronto... deu-me a capacidade de analisar a intensidade das minhas emoções e a diversidade de sentimentos... enclausurados e reprimidos...
Descobri que... para esconder esta vulnerabilidade... surgia o recurso de controlar e dominar tudo ao meu redor...
O renascimento aconteceu quando se deu o desmembramento emocional do mental...
Foi um renascer com confiança na vida...percepção interna de paz...
Agora... EU SOU!!!
Posso desenvolver o sentimento de amor a mim... e a tudo que me rodeia...
Sinto vontade de viver... depois de ter enfrentado conscientemente a « morte e o renascimento»...

"É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela brilhante"

Nietzsche
A Fênix é um pássaro da mitologia grega que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas.
O mito da Fênix nos remete à nossa capacidade de lidarmos com as perdas e com as transformações necessárias em nossas vidas para que possamos renascer ainda mais fortes.
Na astrologia o mito da fênix pode ser associado às transformações causadas por Plutão, o Deus do submundo (inconsciente) e da morte, que nos obriga a confrontar as nossas sombras, nossos medos e incita-nos a revermos e reavaliarmos nossas atitudes e crenças mais profundas e arraigadas.
Plutão é um super-poder latente em nós, a maior força que temos, o poder pessoal para enfrentarmos todas as crises.

sábado, 20 de junho de 2009

A PARÁBOLA DA PEQUENA «LUZINHA» E DO SOL



Houve em tempos uma «luzinha» que se conhecia como sendo a luz . Era uma alma nova que, por isso, ansiava pela experiência. «EU SOU A LUZ»,dizia ela, «EU SOU A LUZ». Mas nem todo esse conhecimento e essa proclamação podiam substituir a experiência. E, no reino de onde essa alma vinha,luz era tudo o que havia. Todas elas brilhavam. E, por isso, a pequena alma era como uma vela ao sol. No meio da luz mais radiosa não conseguia ver-se a si mesmo nem experienciar-se como quem e o que realmente é.
Ora acontece que essa alma ansiava cada vez mais por esse auto-conhecimento.E tão grande era a sua ânsia que um dia o sol lhe perguntou:
-Sabes o que deves fazer para satisfazer essa tua ânsia, pequenina?
-Ah! O quê? Farei seja o que for! Diz.
Deves separar-te de nós todos e, depois deves cobrir-te de escuridão.
-O que é a escuridão?
-Aquilo que tu não és ......
E foi isso que a alma fez, isolou-se de todos e entrou noutro domínio. E, nesse domínio, a alma teve o poder de evocar para a sua experiência toda a espécie de escuridão. E, assim o fez.
Mas no meio de toda a escuridão, pôs-se a gritar«porque me abandonaste?»
- EU nunca vos abandono estou sempre ao VOSSO LADO pronto a recordar-vos QUEM REALMENTE SÃO........
MORAL DA HISTÓRIA: Sê uma luz na escuridão E não te esqueças de quem tu realmente és no momento em que estás rodeado por aquilo que não és....E talvez a tua maior provação possa ser o teu maior triunfo. pois a experiência que se cria é um testemunho de QUEM TU ÉS E QUEM TU QUERES SER....Tu que saíste da escuridão deixa a tua luz brilhar de forma a que os que se encontram nas trevas sejam iluminados pela tua luz e todos possam ver por fim quem realmente são.Pois a tua luz pode fazer mais do que iluminar o teu próprio caminho. A tua luz pode ser a luz que ilumina verdadeiramente o mundo...Sê um Portador da Luz.
REFLEXÃO PELA NOITE DENTRO... « É quando olhamos as trevas directamente nos olhos-tanto em nós como no mundo- que começamos finalmente a ver a luz...É esta a alquimia da transformação pessoal...
Neale Donald walsch

sexta-feira, 19 de junho de 2009

UM MODO DE VIDA-SER PROACTIVO




A palavra proactividade implica muito mais do que tomar a iniciativa. Implica que nós somos responsáveis pelas nossas vidas. Nosso comportamento resulta de decisões tomadas e não de condições externas. Possuímos iniciativa e responsabilidade para fazer com que as coisas aconteçam.
As pessoas reactivas culpam os outros, as coisas e as circunstâncias pelas suas próprias vidas, sentem-se vítimas. As proactivas não dão poder aos outros nem às circunstâncias pela sua própria vida.
O 1º passo para ter uma vida melhor é termos consciência de que somos livres para escolher a forma como reagimos às circunstâncias,pois entre o estímulo e a resposta há um espaço em que podemos escolher.
Stephen Covey

EU ESCOLHO VIVER NA LUZ...


Postura Condutora significa antes de mais nada assumir a vida em nossas próprias mãos, recuperarmos nossa capacidade de tomar decisões próprias em nossa vida pessoal, significa que passamos a viver mais a partir das nossas opções pessoais. Isto leva a maior pró-actividade e também a sermos mais críticos frente ao que as outras pessoas querem cobrar ou exigir de nós. Passamos a ser mais delimitadores de espaço. Com delimitação de espaço quero dizer que é importante respeitar espaços e limites, não sermos invasivos e nem deixar que outros nos invadam ou nos manipulem. Delimitação de campo é uma grande arte, depende muito de nossa intuição e percepção subtil dos limites que se criam de minuto a minuto em nossa vida e relacionamentos. A partir disto podemos ter atitudes mais concretas e coerentes. Segundo Odival Serrano, a delimitação é a essência da comunhão nos relacionamentos. Quanto maior a comunhão num relacionamento, maior é a delimitação, menor é a invasão, manipulação ou chantagem! Percebemos também que podemos “ ensinar” ou mostrar aos outros como queremos ser tratados a partir de nossa própria postura delimitadora. Sempre que uma pessoa é manipulada ou invadida é porque esta deixou se invadir ou abriu espaços para isto. Delimitar significa antes de tudo perceber e mostrar os limites do momento e da situação.
Em todas as nossas atitudes e posturas delimitadoras, embora algumas vezes possam ser aparentemente duras, não devem excluir o respeito à Vida e o amor incondicional aos outros. Delimitação é feito de forma carinhosa em nosso coração, normalmente utiliza-se a negociação e explicitação, embora em um ou outro momento a forma externa possa ser de aparente dureza.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

DESPERTAR






Canção do despertar:
Oh oh! Não durmas agora, ser afortunado.
Desperta com diligência.De tempos sem princípio até agora tens dormido em ignorância.Agora é o momento de deixar o sono para trás.Todo sofrimento além da conta e além da medida?Esqueceste?Quem sabe se terás o dia inteiro?Agora é o momento de praticar com diligência.Ainda tens esta oportunidade de gerar benefício duradouro, então, por que desperdiçá-la por preguiça?Se realmente contemplares a impermanência, consumarás a tua prática rapidamente.Quando a hora da tua morte chegar, estarás confiante.Com a tua prática consumada, não terás nenhum arrependimento.Sem esta confiança, qual terá sido o propósito da tua vida...ACORDA PARA A VIDA...
Todos temos dificuldades em sermos assertivos connosco.A sociedade cobra-nos tantos papéis e resultados, que acabamos por nos sentir insatisfeitos com as nossas respostas e atitudes perante a vida. Aliás, qual é mesmo o nosso papel na vida? Quem sou eu mesmo?Tendemos a nos odiar quando exageramos na rigidez e no fundo gostaríamos de ser mais tolerantes e pacientes.Diante deste incômodo que fica pulsando na alma, o primeiro passo é PERCEBER que não estamos sendo honestos ou verdadeiros connosco. Trata-se do reconhecimento interno de que não estamos felizes com as atitudes, decisões e escolhas.O segundo passo é DESEJAR ser mais verdadeiro e alerta com condutas mais despertas diante dos estímulos da vida. Ou seja, desejar saber qual o sentido da existência. O terceiro passo é ESTAR ALERTA para perceber, onde não conseguimos, repetidamente, ser assertivos. E nestes momento ser muito amoroso para nos conectarmos com os sentimentos mais elevados. É fundamental estar afectivamente mais sábio (menos infantil) ao buscar a cura, nunca rebelde, agressivo, impaciente ou intolerante.O quarto passo é ter a CORAGEM (agir apesar do medo) e DETERMINAÇÃO para manter este estado de alerta e neste estado, focar-se na transformação , naquilo que o faz sentir insatisfeito para consigo, justamente porque não estamos conseguindo ser verdadeiros e assertivos.São anos actuando segundo padrões e condicionamentos de ilusão que nos impedem de crescer. Portanto a transformação não acontece por milagre. Isso não passa de uma crença , pois enquanto não forem VERDADEIRAMENTE quebradas as crenças destrutivas, aquelas que fazem sentir medo de ser real e assertivo, e instalado conscientemente um novo programa de libertação, as atitudes de ilusão e não assertivas irão voltar.Portanto a prática diária da meditação é um trabalho de resgate do nosso estado natural de sermos meditativos, portanto alertas e presentes em nosso "aqui e agora", para diante desta presença e consciência, poder actuar com decisões e escolhas mais verdadeiras, alinhadas com este Eu presente . É através da meditação que vamos descobrindo, lá dentro, num espaço de silêncio e diálogo com o nosso mestre interno, nossa alma, nossa essência e luz, que iremos dissolver a força das nossas crenças negativas e, encontrar as respostas para a transformação e o despertar.Não ter medo de crescer é um passo, o outro é a escolha que cabe a cada um de nós decidir . Ninguém o pode fazer, só o próprio…

quarta-feira, 17 de junho de 2009

NOVA CONSCIÊNCIA





Se você tem filhos pequenos, ofereça-lhes toda ajuda, orientação e

protecção que estiver ao seu alcance. Contudo, mais importante ainda
é: dê-lhes espaço - espaço para que possam existir. Você os trouxe
ao mundo, mas eles não são "seus". A crença "Eu sei o que é melhor
para você" pode ser adequada quando as crianças são muito pequenas;
porém, à medida que elas crescem, essa ideia vai deixando de ser
verdadeira. Quanto mais expectativas você tiver em relação ao rumo
que a vida delas deve tomar, mais estará sendo guiado pela sua mente
em vez de estar presente para elas. No fim das contas, seus filhos
cometerão erros e sentirão algum tipo de sofrimento, assim como
acontece com todos os seres humanos. Na realidade, talvez eles
estejam equivocados apenas no seu ponto de vista.
O que você considera um erro pode ser exactamente aquilo que seus
filhos precisam fazer ou sentir. Proporcione o máximo de ajuda e
orientação, porém entenda que às vezes você terá que permitir que
eles falhem, sobretudo quando estiverem se tornando adultos. Pode
ser que você também tenha que deixá-los sofrer. A dor pode surgir na
vida deles de repente ou como uma consequência dos seus próprios
erros.
Não seria maravilhoso se você pudesse poupá-los de todo tipo de
dissabor? Não, não seria. Eles não evoluiriam como seres humanos e
permaneceriam superficiais, identificados com a forma exterior das
coisas. A dor leva-nos mais fundo. O paradoxo é que, apesar de ser
causada pela identificação com a forma, ela também corrói essa
identificação. Uma grande parte do sofrimento é causada pelo ego,
embora, no fim das contas, ele destrua o ego - mas não até que
estejamos sofrendo. A humanidade está destinada a superar o sofrimento,
contudo não da maneira como o ego imagina. Um dos seus numerosos
errôneos, um dos seus muitos pensamentos enganosos é: "Eu não
deveria ter que sofrer".
Algumas vezes, essa ideia essa ideia é transferida para alguém
próximo a nós: "Meu filho não deveria ter que sofrer". Esse
pensamento está na raiz do sofrimento, que tem um propósito nobre: a
evolução da consciência e o esgotamento do ego. O homem na cruz é
uma imagem arquetípica. Ele é todo homem e toda mulher. Quando
resistimos ao sofrimento, o processo se torna lento porque a
resistência cria mais ego para ser eliminado. No momento em que o
aceitamos, porém, o processo se acelera porque passamos a sofrer de
modo consciente. Conseguimos aceitar a dor para nós mesmos ou para
outra pessoa, como um filho ou um dos pais. Em meio ao sofrimento
consciente existe já a transmutação. O fogo do sofrimento transforma-
se na luz da consciência.
O ego diz: "Eu não deveria ter que sofrer", e esse pensamento
aumenta nossa dor. Ele é uma distorção da verdade, que é sempre
paradoxal. A verdade é que, antes de sermos capazes de transcender o
sofrimento, precisamos aceitá-lo conscientemente.
Eckart Tolle

Quando desperta a consciência é libertador, começamos a «apercebermo-nos que aquilo que sentimos é importante. A visão do mundo muda por completo,é como se pusesse outros óculos.Contudo, não se produz consciência nem mudanças sem dor. Todo o processo de crescimento pessoal comporta um certo nível de sofrimento, porque ao tomar consciência, dar um nome aos sentimentos e analisar as nossas atitudes e comportamentos assemelha-se a um «parto emocional» que nos levará a realizar mudanças na nossa vida, de modo a sermos coerentes com a nova forma de entender a realidade.E, por vezes, essas mudanças podem ter um enorme impacto no nosso quotidiano, podendo produzir perdas no nosso balanço vital.Porém, tal faz parte do processo e não nos deve desmotivar, porque não tomar decisões também é uma opção com consequências, muitas vezes piores.

terça-feira, 16 de junho de 2009

OUVIR O CORAÇÃO





Conhecer-se a si mesmo,encontrar-se, descobrir seus desejos, suas tristezas, suas alegrias, seus propósitos, suas dificuldades, suas fraquezas, seus medos, seu poder, suas emoções e tantas coisas mais!
O início desse processo de auto-conhecimento pode ser um pouco doloroso porque iremos descobrir um lado dentro de nós que não nos agrada, um lado que sempre foi mais cômodo deixar esquecido. Mas é exactamente este lado nosso que precisa ser visto com seriedade, coragem e muita verdade, para que possamos melhorar.
Não podemos esquecer que a verdadeira felicidade é fruto de estarmos satisfeitos com nossos pensamentos e atitudes. É podermos dormir em paz, fazendo do nosso travesseiro um grande amigo que nos dá aconchego e conforto.
O nosso coração é sábio! Nele está contido tudo que é realmente importante para a nossa vida! E é justamente por isso que precisamos aprender a ouví-lo, perceber suas batidas mais fortes, notar quando parece que está apertado, quando a impressão é que vai explodir e, às vezes até a dor física.
As verdades do coração estão intimamente ligadas com a paz interior - FELICIDADE MAIOR. Portanto, os caminhos que devemos seguir, passam a ser percebidos com mais clareza se estivermos atentos para perceber o que o nosso coração fala, porque ele fala, não com palavras, mas com SENSAÇÕES!
As dificuldades de seguir os caminhos do coração são criadas por nós mesmos, com nossos medos, nossas barreiras e, principalmente por nos preocuparmos com a opinião dos outros. Todas estas dificuldades são alimentadas por uma desordem no pensamento que acaba deixando para um segundo plano, o nosso DOM SUPREMO que é o AMOR, cuja moradia é o coração.
É necessário que o ser humano comece a reverter estes pensamentos que apenas levam vantagem em tudo . Esse processo acontece primeiramente dentro de nós para depois, poder ser colocado em prática, mostrando ao mundo seu verdadeiro ser. Estar integrado consigo mesmo é que trás a verdadeira felicidade!
E a nossa maior missão é ser feliz!

A LIÇÃO DA BORBOLETA:





Um dia uma pequena abertura apareceu em um casulo.
Um homem sentou e observou, por várias horas, como a borboleta se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais além.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta. Ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas, seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu! Na verdade a borboleta passou o resto da vida rastejando com um corpo murcho e suas asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, com sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado era o esforço necessário que a borboleta precisava para passar através da pequena abertura .Era o modo para que o fluído do corpo da borboleta fosse para suas asas e ela estivesse pronta para voar quando saísse do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se na vida não tivessemos de passar através de obstáculos nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos "voar".
Eu pedi força...e tive dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi sabedoria...e tive problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade...e tive um cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem...e tive perigos para superar.
Eu não recebi nada do que pedi...mas recebi tudo o que eu precisava…

domingo, 14 de junho de 2009

FELICIDADE








Um dia, Deus e os anjos se reuniram e decidiram criar

um homem e uma mulher. Planejaram criá-los à sua
imagem e semelhança. Então, um deles disse:
Esperem! Se vamos criá-los à nossa imagem e
semelhança, irão ter um corpo igual ao nosso, força e
inteligência igual a nossa! Devemos pensar em algo que
os diferencie de nós, senão estaríamos criando novos
deuses. Devemos tirar-lhes algo, mas o que poderíamos
tirar?
Depois de muito pensarem, chegaram à conclusão que
deveriam tirar-lhes a FELICIDADE, mas o problema era
onde escondê-la para que nunca a encontrasse. Então
começaram a discutir...
Vamos escondê-la na montanha mais alta da Terra! Não
te recordas que demos força a eles? Alguém conseguirá
subir até o topo desta montanha e saberão onde ela
está.
Então vamos escondê-la no fundo do mar!
Também não seria um bom lugar, pois lhes demos
inteligência e alguém certamente vai criar alguma
máquina que os fará submergir e encontrá-la.
Quem sabe, possamos escondê-la em um planeta bem
distante!
Também não seria eficaz, pois lhes demos a curiosidade
e a ambição portanto, irão querer ultrapassar limites
e logo criarão algo para voar pelo espaço e certamente
a encontrarão.
Depois de muito discutirem e não chegarem a nenhuma
conclusão, o único anjo que não havia falado, pediu a
palavra e disse:
Creio que sei onde poderemos colocar a FELICIDADE! Em
um lugar que eles nunca descobrirão! Todos ficaram
espantados e lhe perguntaram...
Então nos diga, onde??
E ele respondeu:
Colocaremos a FELICIDADE dentro deles, pois estarão
tão preocupados buscando-a fora, que nunca a
descobrirão.
Todos ficaram de acordo e desde então tem sido assim: O HOMEM PASSA A VIDA TODA BUSCANDO A FELICIDADE SEM
SABER QUE A TRAZ CONSIGO.

A Felicidade é algo que todos os seres humanos directa ou indirectamente procuram. Tendo ou não consciência disso. Sim todos procuram a Felicidade, no entanto, se continuarmos agarrados aos registos com que nascemos e às crenças que adquirimos ao longo da nossa vida, vamos continuar a procurar a Felicidade fora de nós próprios.
Pensar que ficaria mais feliz se tivesse aquele telemóvel, aquele carro ou aquela casa, por exemplo são truques que a mente utiliza para não nos concentrarmos em nós. Quando conseguimos atingir “aquilo” com que andávamos a “sonhar”, verificamos que somos invadidos por um curto estado de euforia, que em muitas situações é mesmo muito curto. E, de repente, “aquilo”, já não nos dá qualquer satisfação e mais uma vez partimos em busca de outra coisa que nos venha preencher esse estado de insatisfação e que nos “traga Felicidade”.
Mas a Felicidade não é TER, a Felicidade é SER.Só que isso é algo muito difícil de conseguir transmitir, numa sociedade voltada para o consumismo, criada com bases no “TER”. É mais fácil TER mas leva a profundos estados de vazio, numa vida de correria em que tudo parece acontecer de maneira autónoma, em que as pessoas parecem autênticas máquinas programadas. No entanto, devemos sim mudar o sentido das coisas e em vez de o “TER” estar em primeiro lugar e só depois vir o “SER”, devemos começar a deixar o “SER” renascer dentro de nós e depois, completamente integrado, vir o “TER”.
É “urgente” aprender a SER. ou seja, aprender a parar e estar consigo próprio, sem medo do que irá encontrar. Aprender a ter outro comportamento, aprender a não ser dominado pela mente, aprender a relaxar, aprender a agradecer, mas para tudo isto é preciso aceitar a mudança e por vezes essa é a parte mais difícil, devido aos condicionamentos que cada um adquiriu ou herdou.Existem muitas maneiras para conseguir sair desses registos que não nos deixam “andar para a frente” e começar a Renascer para uma nova vida.
O pensamento mais comum é de que “Mudar dá muito trabalho”, é mais fácil continuar no mesmo registo, pois até já se está habituado a “sofrer”. É preciso perceber que nesta vida, tudo é conseguido através de trabalho, nada nos cai dos céus, não é ficando à espera que as coisas vêm ter connosco, por isso toca a «Acordar para a Vida ».
O mais importante é mesmo dar o passo no sentido da mudança e aprender a conhecermo-nos melhor. Não vale a pena continuar a criticar os outros e não fazer nada para se mudar a si próprio. É mais saudável aceitar o desafio de partir à descoberta da verdadeira Felicidade.

DA ESCURIDÃO PARA A LUZ:

Todos nós temos uma sombra, um lado desprovido de luz, que normalmente desejamos esconder do mundo. Nós procuramos negar-lhe a existência, o que torna a luta mais árdua.
É comum tratarmos nossa sombra de maneira áspera, por não condizer com o indivíduo que queremos exibir para o mundo. Isso nos leva a fingir ser algo que não somos ou a negar a forma como nossa história passada realmente se deu.
Nosso lado sombrio consiste em defeitos de carácter que ocultamos de modo a nos sentir seguros. Tais defeitos são partes de nós mesmos sobre os quais não exercemos nenhum controle real. Vamos pensar nos defeitos, como imperfeições, pois estas estão relacionadas com nossos problemas de controle e nossas tentativas para sermos perfeitos.
A escuridão não é sinônimo de maldade ou negatividade, porém por vezes representa esses conceitos, a nossa sombra, não é necessariamente má ou negativa. A maldade pode originar-se e alimentar-se dos medos humanos. O medo ao castigo mantém boa parte das nossas imperfeições hermeticamente trancadas na escuridão, onde nem nós mesmos queremos tomar conhecimento delas por acreditar que nesse caso, deveríamos nos punir por sua causa. Uma alma dividida entre a escuridão e a luz se mantém fraca, ao contrário, a alma unificada é forte, equilibrada e destemida. Para deixar de punir a nós mesmos para integrar e sobrepujar as partes de nós mesmos que estamos ocultando, devemos olhar para a escuridão acendendo a luz.
A luz da verdade permite-nos olhar para nosso lado obscuro e aceitá-lo enquanto parte de nossa totalidade. Da mesma forma como um espelhinho pode reflectir a luz como o farol, se nossa alma estiver iluminada com a luz da verdade, iluminaremos a escuridão com o nosso reflexo próprio e brilharemos como uma fulgurante luz da verdade para o resto do mundo. Para nos mantermos equilibrados e verdadeiramente em paz interior, devemos praticar a honestidade para connosco mesmos descobrir nossa legítima essência e aceita-la.
Não nascemos perfeitos, nascemos com determinados aspectos de nós mesmos que são conflitivos, nossos pontos mais fracos podem se tornar nossa maior força. Não superaremos nossas fraquezas se as escondermos ou negarmos nossos sentimentos. Quando começarmos a nos sentir corajosos o bastante para encarar nosso lado sombrio sem julgar nós mesmos como maus, aprenderemos formas de iluminar a escuridão.A projecção é um mecanismo de defesa que usamos para responsabilizar os outros por nossas próprias faltas ou presumir que uma outra pessoa sente a emoção da qual estamos inundados, mas não queremos encarar, quando não examinamos nosso lado sombrio, podemos terminar projectando-o nos outros. Tomar conhecimento da projecção em nós e nos outros nos permitirá perceber a sombra de nós mesmos e dos outros. Se conseguirmos separar a mágoa de uma agressão e olhar para aquilo que a pessoa que nos agride está projectando, poderemos aprender um bocado a respeito disso e do espaço de onde as projecções se originam.
É virtualmente impossível não nós projectarmos ; detectamos partes de nós mesmos nos outros, aquilo que mais percebemos nos outros quer de positivo ou negativo, são aspectos do nosso próprio eu. Para vermos o que está atrás de nos precisamos de um espelho. Existem partes de nossa personalidade que só conseguimos enxergar quando reflectidas na personalidade do outro.
Usufrua da projecção, quando for objecto de projecção perceba que ela é um Dom no sentido da compreensão e não fique apegado ao que está sendo dito a seu respeito, pratique o desapego. Quando você mesmo estiver projectando , aprenda a investigar aquilo que está projectando e determine se é prejudicial para si próprio e para aqueles que o rodeiam. A atenção e a vigília conduzem a uma progressão natural de novas escolhas e maneiras de ser.

TRANSFORMAÇÃO:





A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue agarrar mais as suas presas, das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontadas conta o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já fica difícil.Então, a águia só tem duas alternativas: morrer...ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher num ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico numa parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.E só após cinco meses, sai para o famoso vôo da renovação, para viver então mais 30 anos.
A vitória é para os que tem coragem e não sentem pena de si mesmos! Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitórias, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causam dor.
Tal como a águia o homem ao longo da vida precisa de se modificar para se adaptar. Por vezes recusa-se a tal, só quando a dor é muito grande é que se predispõe a este processo. E aí descobre que a dor da mudança é menor que a dor de não fazer nada...Quando começa o processo da mudança, podemos ver a transformação nos planos físico, mental, emocional e moral. À medida que progredimos, somos capazes de permanecer serenos e continuar com nosso trabalho mesmo quando o corpo está doente, porque somos capazes de dissociar-nos do corpo. Mais adiante, percebemos que temos maior controle dos nossos pensamentos e emoções. Há menos necessidade de depender dos outros. O antigo desejo por novidades e sensações é lentamente substituído pela satisfação da paz. Podemos descobrir que perdoamos mais e temos mais compaixão, e que aceitamos mais facilmente as pessoas e as circunstâncias. Há uma transição gradual no sentido de estarmos menos centrados em nós mesmos. Passamos a ser mais solidários e altruístas, e isso forma a essência do verdadeiro progresso.Talvez durante um longo tempo não haja quaisquer sinais visíveis do nosso progresso. Mas o importante nesta jornada não é o quanto nós progredimos. O importante é em que direcção estamos avançando. Há certos factos que indicam se estamos mudando e crescendo, e se estamos na direcção certa. Certas experiências e intuições são comuns a todos os aspirantes espirituais.Pessoas diferentes têm modos diferentes de progredir. Cada um abre para si mesmo um caminho único. O processo não ocorre como se alguém avançasse por um caminho lamacento, deixando detrás de si pegadas inconfundíveis que os outros podem seguir para alcançar a meta. Cada ser humano é único, e embora haja certas experiências básicas pelas quais todos têm de passar, os passos exactos e o ritmo de crescimento não são os mesmos.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

VIAGEM AO INTERIOR




A insatisfação da vida, acabou por induzir o homem a iniciar uma interminável viagem para fora de si mesmo .

Viajamos em poucas horas para qualquer lugar do mundo.
Já visitamos a lua e as viagens ao espaço em volta da terra se tornaram corriqueiras.
Os planos e pesquisas para uma viagem ao planeta Marte estão em franco desenvolvimento.
No entanto, apesar de todas essas conquistas tecnológicas, a violência cresce a cada dia nos centros urbanos.
O número de jovens que busca a perigosa viagem sem volta das drogas, aumenta assustadoramente .
O número de suicídios entre as crianças vem crescendo de forma avassaladora .
As guerras motivadas pela ambição desmedida, daqueles que não sabem repartir, surgem a cada ano .
E no meio desse caos está o homem. Perdido, ele busca a felicidade por caminhos dolorosos, sem se dar conta de que ela sempre esteve dentro de si mesmo .
E a única maneira do ser humano voltar ao controle da situação, é iniciar agora uma viagem para dentro, em busca da sua verdadeira essência, possibilitando ao Ser Interior assumir o seu lugar de destaque no comando.Para isso, é necessário mudarmos o foco da nossa atenção, do exterior para o interior . Se simplesmente voltarmos nossa capacidade de concentração para dentro, passaremos a meditar no Ser Interior .
Neste estado de calmaria, podemos então perceber, o tesouro resplandecente do Ser Interior que se esconde nas suas profundezas .
Quando nos livrarmos por completo dos pensamentos, a luz da nossa essência divina se revelará espontaneamente, em todo o seu resplendor...e começamos a grande viagem do auto-conhecimento...
O Auto Conhecimento passa pela aceitação de nós mesmos, sem máscaras e sem mentiras, que muitas vezes, são apenas formas de nos defendermos da nossa realidade interior. Faz parte da nossa evolução, procurarmos saber quem somos. Esta viagem inicia-se quando passamos a aceitar os nossos erros e estamos dispostos a corrigi-los.É necessário conhecer o próprio potencial e as próprias limitações para o bom desempenho em qualquer área da nossa vida. Muitos permanecem totalmente inconscientes acerca desta viagem ao longo da vida, outros sentem uma vaga intuição a respeito do que deveriam fazer, mas preferem seguir acomodados no já conhecido, ao invés de arriscar-se numa nova viagem!
O Auto Conhecimento é a chave para a transformação ,é a viagem para o interior em busca da nossa essência e reconhecermo-nos como parte de um todo.
O Auto Conhecimento leva -nos numa viagem profunda ao nosso interior, levando-nos a compreender porquê reagimos a uma determinada situação, tornando-nos capazes de fazer uma escolha consciente e em consequência disso, nos levará a uma situação e sentido de vida cada vez mais significativos.

VIVER NO AGORA




Aalooôõo… Estás acordado?

Quantos de nós vivemos meio vegetais perdidos nos emaranhados do espaço-tempo? Quantos somam os que ainda não despertaram? A maior parte vive de recordações ou de sonhos. Quantos de nós vivemos no real? Será que tu também és daqueles que vive no passado? Lembrando as derrotas e os fracassos como se fossem as cicatrizas da guerra que faz o teu Eu! Revivendo as vitórias de outrora como se isso fosse o teu melhor!
Ou projectando no futuro a paz e o conforto como se ainda faltasse qualquer coisa para lá chegar: “Quando eu conseguir isto ou aquilo, então ficarei bem! Quando tiver a minha casa, ou o meu carro, aí vou conseguir, porque já terei condições”.
Que erro colossal!
o Ego cria um mundo ilusório, baseado nas experiências da vida mas vistas pelo lado negativo,acontece ‘quando estamos distraídos, como quando uma tarefa rotineira permite ligar um certo ‘piloto automático e deixa que o Ego use os corpos a que não estamos atentos. Por exemplo quando conduzimos e estamos com ‘a mente longe’, ou temos gestos involuntários e aparentemente contrários ao que queríamos fazer. Diz-se nestes casos que ‘os corpos não estão alinhados’ em termos de presença. Eu explico melhor: Se estiveres a descascar batatas há duas horas, a certa altura (se não estiveres completamente presente no Agora) é natural que o teu corpo emocional comece a dizer «estou um bocado farto disto…». Ao mesmo tempo o teu corpo mental, que já estava a pensar ‘na morte da bezerra’ há cerca de uma hora, é chamado a decidir o que pensar daquela emoção. Durante estes segundos (ou horas, não interessa realmente) o teu corpo físico esteve sempre fielmente a cortar as batatas. Como se compreende, cada corpo energético está para seu lado em vez de estarem em uníssono no Aqui e Agora.
Se já tentaste livrar-te de um vício ou mau-hábito, sabes o que é dizer “Amanhã é que vai ser! Amanhã começo mesmo! A sério!” ou -pior ainda- “Sempre fui assim… Jamais me vou endireitar…”. Até ao dia em que uma ‘voz’ no fundo de ti diz: “Porque não paras já?! Porque não começas agora?! Tu queres a Paz Agora, ou amanhã?”
No dia e hora em que se toma a consciência de que o único momento que existe é o Presente, o Eterno Agora, revela-se uma realidade superior, divina, transcendente. Começa uma nova faceta da nossa caminhada em direcção à expansão espiritual.
O único momento que existe é o agora. O passado e o futuro são os apoios do ego. Por isso não se pode estar no presente, enquanto nos identificarmos com a mente. Iluminação significa elevar-se além do pensamento. Viver no AGORA.
Acordemos então para o único momento que existe, o presente.
Por que esperas? Agora é o momento...
Viver no agora significa vivermos o momento presente, a partir da consciência que a vida se dá apenas neste momento de forma inteira, gratuita e com grande resplendor.... Isto nos liberta em grande parte da cargas do passado e das preocupações com o futuro. Embora precisemos fazer planos face ao futuro, não ficamos tão presos e preocupados e não geramos ansiedade nem frustrações. Vivemos mais plenamente o Aqui-Agora, desfrutamos mais da vida neste exacto momento, e isto abre espaço para resgatarmos em nosso interior a felicidade e alegria de viver. Afinal, isto é o que as pessoas mais precisam e querem, e só pode ser encontrado no Aqui-Agora, nunca antes ou depois, ou fora de nós mesmos ou condicionado alguma condição externa. (Muitas vezes nos iludimos achando que uma situação externa nos fará felizes, o que pode até acontecer por um tempo, mas não é uma felicidade profunda e incondicional – esta sim só pode vir de nosso coração a partir de nossa profunda conexão com a Vida que se manifesta no Aqui-Agora.) O viver o Aqui-Agora possibilita nos libertarmos da dependência de outras pessoas ou situações, evita com que façamos chantagens emocionais ou jogos de culpa-vítima, nos livra da prisão ao passado, de julgamentos e leva a vermos o novo a cada momento. Tudo sempre é o novo! Que alegria!O cultivo do Aqui-Agora, algo não muito fácil e pouco conhecido, conduz ao profundo respeito aos outros, apenas desfrutamos deles no Aqui-Agora, não geramos expectativas ou obrigações. Isto é altamente libertador, embora nosso condicionamento e prisão à roda ilusória do passado-presente-futuro possa rejeitar tudo isto através de um processo racional, explicativo e justificativo. Viver o Aqui-Agora é algo profundo e muito subtil captado principalmente em nosso campo intuitivo.

domingo, 7 de junho de 2009

A ILUSÃO DO EGO:




Ego impede-nos de sentir, pensar e agir livremente, porque leva-nos a estar sempre ligados a algo. Nem que seja a uma falsa auto-confiança, auto-afirmação e segurança, só para podermos nos "defender", têm a necessidade de reconhecimento pelos nossos actos, ou a inevitável impulsividade em responder quando nos atacam ou discordam connosco. O ego, que por estar intimamente ligado aos nossos medos impede-nos de escolher o que é melhor para a nossa viagem. O ego torna-nos insatisfeitos e impede-nos de ser felizes na simplicidade das coisas boas da vida e na aceitação de que os maus momentos vão passar e são necessários. o ego dá-nos a ilusão de que controlamos algo, de que podemos mudar outra pessoa, quando isso é impossível e inaceitável, de que devemos reagir quando nos criticam e ofendem. Dá-nos a ilusão de que podemos obter a felicidade ao ter sempre mais, um carro novo, roupas novas, nem que seja para aparentar algo que não somos às pessoas que nos rodeiam, aquela necessidade extrema de afirmação e exibicionismo que muitas pessoas têm, quando deviamos empregar o nosso tempo a canalizar energias para algo que valha a pena, que seja realmente nosso, que esteja entranhado em nós e não seja tão efémero como os bens materiais.

O ego impede-nos de olhar para dentro, de enxergar o que realmente somos e o que fazemos aqui. O ego caminha lado a lado com a intransigência e com a arrogância, e afasta a tolerância e compreensão. O ego diz-nos que podemos controlar a vida e as pessoas, mas nada mais isso é , do que uma ilusão que a consciência cria para evitar o sofrimento, que muitas vezes não só nos permite amadurecer como aprender a sentir para se libertar. E ao sentirmos não devemos nos revoltar contra esses sentimentos, que podem ser tristes ou alegres. Essa revolta leva a que entremos em choque com as pessoas que nos rodeiam e que as magoemos, mesmo que não deliberadamente. Aqui está o ego em acção, que nos turva a capacidade de comunicação.
E um dos objectivos desta vida é o de adormecer o ego e deixar simplesmente que as coisas aconteçam e sigam o seu rumo.Parar de julgar as outras pessoas por aquilo que aparentam no momento, pois não posso saber o que sentem. Deixar que as emoções fluam como têm que fluir. Deixar que a vida me dê as respostas de que preciso sem distinguir o que seria melhor ou pior . Aprender sempre, com cada situação, e entender que ninguém é superior a ninguém, e saber quando cortar elos que não me servem mais, e saber quando criar elos verdadeiros. Apenas sentir, saber, pensar... livremente. Os condicionalismos, os rótulos, as classificações... nada mais são do que egos recheados de egoísmo...
O ego é uma fragmento ilusório que se separou da nossa realidade maior. Cria um domínio mental no qual se vê como sendo especial e diferente, sempre com justificações para manter o resto do mundo distante .Uma vez que nos vemos de um modo isolado, atraímos e interpretamos subconscientemente as circunstâncias que parecem confirmar essa crença. Esse reino ilusório é o inferno na terra.
Quando nos lembramos de quem somos,quando nos mantemos firmes à luz do nosso verdadeiro Eu o ego começa gradualmente a ficar para trás. As trevas não resistem quando abraçamos verdadeiramente a luz...

sábado, 6 de junho de 2009

O MUNDO COMO ESPELHO





O mundo ao seu redor é um reflexo, um espelho que mostra quem você é.
O que você acha de bom nos outros,está também em você.
Os defeitos que você encontra nos outros são seus defeitos também.
Afinal para você reconhecer algo, você tem que conhecê-lo.
As potencialidades que você vir nos outros,são possíveis também para você.
A beleza que você vê ao seu redor, é a sua beleza.
Veja o melhor nos outros e você será uma pessoa melhor.
Doe aos outros e você estará doando a si mesmo.
Ame e você será amado.
Ensine e você aprenderá.
Mostre ao espelho sua melhor face e você ficará feliz com o que ele vai lhe mostrar...

(Shakespeare)




As pessoas com que nos relacionamos são como espelhos, reflectindo o que não conseguimos ou não queremos ver, aquilo que está bem escondido lá fundo.Nossas relações possibilitam que se coloque às claras muitas crenças e sentimentos que temos por nós mesmos e não nos damos conta. Há algumas pessoas que nos incomodam e neste caso é melhor olhar com atenção e tentar definir o que está mexendo connosco. Descobrir quais atitudes e comportamentos alheios que nos estão incomodando. Perceber que por vezes agimos da mesma forma, e, é justamente por isso que tais acções nos incomodam tanto. Não é fácil observar, muito menos admitir aspectos negativos na nossa maneira de ser. Dessa forma, isso aparece reflectido no comportamento dos outros. Seria como se ele jogasse na nossa cara particularidades e atitudes nossas que negamos e tentamos esconder. O melhor mesmo é reconhecer que tais atitudes também nos são peculiares e, se alguém tem que mudar, que sejamos nós.É muito fácil culpar os outros e não olhar para nós. Por vezes o papel do espelho funciona como o puxar e trazer à tona crenças que construímos a partir de experiências antigas,que por serem desagradáveis estavam muito bem guardadas e escondidas.
Por mais que não se tenha consciência, aquilo que se pensa que o outro teve culpa em fazê-la sentir é na verdade o que nós sentimos e achamos a nosso respeito há muito tempo e nem disso sabíamos.
Claro que não é fácil reconhecer nada disso, mas já que tudo isso veio às claras é melhor aceitar e entender que é uma excelente oportunidade para resolver e transformar tudo isso. É uma forma de tomar consciência das nossas crenças, que estavam nos limitando e fazer algo para mudar. A responsabilidade é sempre nossa.
O nosso espelho,ou seja quem está diante de nós, reflectindo a nossa verdade interior,está nos dando, assim, a oportunidade de olhar profundamente para nossa alma, afim de descobrir quem sou de verdade e o que preciso fazer para ser e estar mais satisfeito e feliz comigo mesmo e com o outro.
O mundo exterior é,assim, como um espelho gigante que reflecte com clareza e precisão a nossa consciência. A partir do momento em que aprendemos a olhar para esse espelho, apercebendo e interpretando o que ele reflecte, dispomos de um utensílio fabuloso de auto-conhecimento.
Estou a aprender a considerar a minha vida como um filme de aventuras. Todas as personagens desse filme representam partes de mim, projectadas num grande écran para que eu as possa ver claramente. Se o filme retracta problemas sei que devo proceder a um exame interior para encontrar em que ponto tenho algo a aprender.Se estiver atenta aos sinais aprendo com eles , mas se não o fizer, os problemas irão intensificar-se até perceber a mensagem. .....................
EX:S de algumas formas segundo as quais o espelho da vida nos reflecte:
-Se se julga ou critica, os outros julgá-lo-ão e criticá-lo-ão;
-Se se magoa ou outros far-lhe-ão o mesmo;
-Se mente a si próprio os outros mentir-lhe-ão;
-Se é irresponsável consigo mesmo os outros mostra-se-ão irresponsáveis face a si;
-Se se acusar os outros acusá-lo-ão;
-Se não ouvir os seus sentimentos os outros também não os escutarão;
-Se tiver respeito por si os outros respeitá-lo-ão;
-Se for carinhoso consigo os outros também o tratarão com carinho;
-Se se apreciar os outros apreciá-lo-ão;

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REFLEXÃO PELA NOITE DENTRO...Os pensamentos que escolhemos pensar são as ferramentas que utilizamos para pintar a tela da nossa vida...